terça-feira, 14 de julho de 2009

Arbitragem "mundial"

        Na transmissão do jogo Santos X Vitória, no domingo, André Risek, comentarista do Sportv, fez um comentário a respeito da arbitragem da artida em questão:"O juiz está marcando poucas faltas. Isso é bom por um lado, pois deixa o jogo correr, mas ruim na parte disciplinar". Só tenho elogios ao comentarista, mas discordo plenamente do que disse. Talvez André tenha sido confundido pela péssima atuação do árbitro.
        No Brasil, até pela característica dos jogadores, os juízes têm tendência a marcar mais faltas. Isso ocorre desde a final da Copa do Brasil até a pelada da esquina. No último ano, surgiu no Brasil um novo árbitro, Leandro Vuanden, que tinha um estilo diferente de arbitragem. Alguns jogadores ficaram revoltados, outros ficaram confusos. Comentaristas começaram a chamar o estilo de "europeu". 
        Na verdade, não é um estilo europeu de arbitragem. O Brasil é um dos países do mundo com maior número de faltas, o que acaba retardando ritmo de jogo. O que ocorreu no resto do planeta foi uma adaptação às novas tendências do munddo da bola. Em nosso país, ainda cultivamos o pensamento de uma época em que a técnica era muito valorizada, e o contato era um tanto menor. Hoje em dia, os jogadores tiveram um certa perda em nível técnico, mas ganharam em força muscular, resistência e velocidade. Com jogadores dessas carcterísticas, o contato é maior, e muitas vezes a impressão é de que ocorrem constantes infrações.
        O que ocorre é que os jogadores, acostumados a juízes com medo de se impor, saltam no chão e agarram a bola no menor contato com o marcador. É impressionante como o juiz sempre marca falta, mesmo que não tenha havido nenhum contato. 
        O estilo "mundial" de arbitragem é muito interessante, pois capacita o jogador a prender bem a bola em seus pés e deixa o jogo correr, aproveitando mais os 90 minutos. Ao contrário do que muitos pensam, não deixa a desejar na parte disciplinar, pois não deixa de marcar faltas, mas sim não caracteriza qualquer contato como infração.
        Acredito que seria muito interessante se os árbitros brasileiros testassem, ao menos algumas vezes, marcar apenas as reais faltas. Teríamos um futebol mais bonito, melhores jogadas de pivô  e jogadores menos mimados pela arbitragem

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