O Bom e o Feio

Desde que Dunga assumiu, o mesmo se discute: a seleção é boa ou não? Ganhando as Copas América e das Confederações, perdendo jogos fáceis, empatando com a Bolívia no Rio e levando um coro do Equador, o Brasil teve seus altos e baixos. A imprensa ignorante mudava sua opinião a cada resultado diferente do anterior, com o discurso que estava certa desde o começo. Procurarei realizar, neste post, a tarefa hercúlea de esclarecer a situação.

A verdade é que o time dunguês é bom. Bem estruturado, tem vantagem sobre as outras seleções por ter um padrão de jogo definido. O contra-ataque é muito bom, o miolo de zaga é sólido e a incpacidade de dominar um jogo é suprimida pelas fortes bolas paradas. Felipe Melo foi uma ótima descoberta, e Luis Fabiano mostrou sua grande forma. O grupo é unido, se conhece, e os reservas são bem definidos. Nada disso é discutível.

O que deixa os brasileiros inconformados é o modo que o Dunga F.C. joga. A Seleção Brasileira joga, tradicionalmente, um jogo bonito, ofensivo, em que se controla o jogo. Num time desses, Gilbertos Silvas e Josués não têm espaço, e o só jogadores talentosos teriam alguma chance de convocação.

Obviamente, uma utopia. Não há time assim hoje em dia, principalmente porque 95% dos atacantes não sabem marcar. Mas um estilo de jogo um pouquinho mais bonito cairia bem, não?

P.S.: Com Felipão, também era assim. Só não foi execrado porque foi campeão mundial. E Dunga periga ser, também...