sábado, 25 de julho de 2009

Palpites da 14ª rodada

Atlético-PR  0 x 2 Avaí
   O Atlético tem um pouco de potencial, e está reforçado por Alex Mineiro. Mas o Avaí melhrou muuuuuito nas últimas rodadas, e ganhou os últimos três jogos. A Arena da Baixada não é mais aquele caldeirão.
Grêmio 1 x 0 Santo André
   O tricolor "duas-caras" volta a jogar em casa, e deve ter um resultado satisfatório. O Santo André costuma complicar para os grandes, principalmente fora de casa. Um dos gols deve ser de cabeça, feito por um dos atacantes do Grêmio após jogada pelos flancos. Marcelinho Carioca assustará o goleiro Victor em uma bola parada. 
Botafogo 1 x 2 Internacional
   O time do Rio tem sérios problemas ofensivos, defensivos e de armação. Apesar de estar evoluindo, um Inter em recuperação é um tanto mais forte. A marcação mais avançada já apresentada pelo colorado contra o São Paulo deve ter sido treinada, e deve durar todo o jogo.
Um gol será de Andrezinho, de longe, e o gol botafoguense deve surgir de uma cobrança de falta de Juninho.
Corinthians 2 x 2 Palmeiras
   Clássico, jogo difícil de arriscar um palpite. Ambos os times estão bastante fortes, e cada qual tem seus pequenso defeitos. Na exploração dos mesmos, um empate justo num jogo bem bonito.
Santos 2 x 1 Flamengo
   Com Luxemburgo, o Santos é outro. Tem padrão de jogo, consistência e mais solidez defensiva. O Flamengo tem alguns desfalques e falta estrutura em seu sistema de jogo. Contudo, tem alguns valores individuais, como Willians, Adriano e Émerson. 
Sport 1 x 1 Náutico
   O Sport vem mal. Leão não conseguiu recolher os pedaços da crise pós-Libertadores, e o time tem problemas em todos os setores e fatores. Apesar disso, o Náutico é fraquíssimo, e é péssimo tanto defensivamente como ofensivamente. Gols de Durval, de cabeça, e de Gilmar, de pênalti.
Atlético-MG 2 x 1 Goiás
   Líder, o galo mineiro é forte, e deve dominar o jogo. No entanto, o ataque esmeraldino é rápido e tem muita mivmentação. Um atacante goiano marca, além de Tardelli e Júnior. O Goiás terá problemas na saída de bola, pela contusão de Ramalho.
Barueri 1 x 0 São Paulo
   O São Paulo vem em franca recuperação, mas o Barueri é bastante forte em casa. Marlos e Dagoberto serão bem marcados, bem como Jorge Wagner. Sendo assim, o tricolor paulista dependerá do inconstante Hernanes. Márcio Careca causará problemas para Jean, que sofrerá como Renato Silva, responsável por Otacílio Neto.
Fluminense 0 x 1 Cruzeiro
   Sem Fred e Tartá, o Flu é muito fraco. As únicas eficientes armas são os alas. Apesar da defesa estar um pouco mais sólida, Kléber fará estrago. A festa só não será maior pra os mineiros porque o time está bastante desfalcado.
Vitória 3 x 0 Coritiba
   Fora de casa, o Coxa é fraco. Carlinhos Paraíba e Ariel, importantes peças do time, estão fora do jogo. Em casa, o rubro-negro baiano massacra os adversários, principalmente os fraquinhos. Apodi, Lendro Domingues e Willian farão a festa. Dois gols do artilheiro Roger e um de Leandro, de falta. Marcelinho Paraíba será um problema e passará perto de marcar, mas não irá às redes.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Palpites da 13ª rodada

Aí vão os palpites e previsões dos jogos do meio de semana
Avaí 1 x 1 Grêmio
A time catarinense vem melhorando, e Silas está arrumando a equipe. O Grêmio é outro fora de casa. Contudo, o tricolor gaúcho ainda é melhor
Santo André 2 x 2 Cruzeiro
O Ramalhão vem bem, complicando os jogos para os grandes. O time mineiro é melhor, mas não tem zagueiros. O esquema com volantes na zaga pode dar certo, mas precisa de tempo para adaptar. Kléber e Nunes devem marcar
Flamengo 1 x 2 Barueri
O Fla está melhorando, mas tem alguns desfalques importantes. Marlon e Jorbison são garotos, e o time está desentrosado. Apesar de o Barueri perder o astro Fernandinho, um dos melhores atacantes do Brasil, Otacílio Neto e Val Baiano devem causar problemas aos cariocas. Gols de Émerson, Val Baiano de de um zagueiro do Barueri
Santos 2 x 0 Atlético Paranaense
O time paranaense desistiu do esquema à Cruzeiro de 69, e voltou à velha forma e à "zona do limbo". O Santos está mal, mas a chegada de Luxemburgo deve dar uma chacoalhada nos jogadores. Se jogar, Róbson vai às redes
Internacional 2 x 1 São Paulo
Com Ricardo Gomes, o São Paulo melhorou, mas nem tanto. Pela fragilidade defensiza e pela forte bola parada, 2x1. A estrela de algum craque colorado, como Nilmar ou D'Ale, brilhará
Náutico 0 x 1 Botafogo
O Timbu tem sérios problemas ofensivos, mas o Bota também sofre um pouco. Jogo morno, gol de falta de Juninho
Goiás 0 x 2 Palmeiras
Possivelmente sem Felipe, o esmeraldino goiano terá problemas em marcar nos porquinhos-da-índia. A única possibilidade seria em bolas aéreas, pois Maurício Ramos não joga. Contudo, o Goiás não é bom no fundamento. Para desespero do armário Hélio dos Anjos, o ataque palmeirense faz a festa.
Coritiba 1 x 0 Sport
Em um duelo de times com disposição tática semelhante, o coxa-branca sairá vencedor. Se Marocs Aurélio jogar, o estrago pode ser maior
Corinthians 3 x 2 Vitória
Ainda não será nessa rodada que Mano ajeitará a defesa corinthiana, infelizmente. Apodi pode ir bem, se não for marcado por Jorge Henrique. Roger encontrará um espaço e botará pra dentro, após enfiada de bola de Leandro Domingues. Jucilei marcará, finalmente, assim como outro gol será do artilheiro Roger . Ronaldo sofrerá um pênalti de Anderson Martins, e dessa vez acertará as redes. Jorge Henrique, finalizando contra-ataque, completará o placar.
[notem que as previsões para este jogo não estão em ordem. Qualquer um dos gols pode ser tanto o último como o primeiro]

terça-feira, 14 de julho de 2009

Curtinhas: greve nos estádios sul-africanos

- Há seis dias, as obras no trem de Johanesburgo e dos estádios para a Copa-2010 estão paradas por causa de uma greve dos trabalhadores;
- As negociações estavam andando, mas empacaram pela exigência dos empregadores de que os trabalhadores não realizem mais greves. Ganhando a mixaria que ganham, como não?
- Enquanto isso, as obras já atrasadas ficam paradas;
- Qual o número de estádios que ficarão plenamente prontos para a Copa? Se fossse apostar, eu não apostaria alto.

Arbitragem "mundial"

        Na transmissão do jogo Santos X Vitória, no domingo, André Risek, comentarista do Sportv, fez um comentário a respeito da arbitragem da artida em questão:"O juiz está marcando poucas faltas. Isso é bom por um lado, pois deixa o jogo correr, mas ruim na parte disciplinar". Só tenho elogios ao comentarista, mas discordo plenamente do que disse. Talvez André tenha sido confundido pela péssima atuação do árbitro.
        No Brasil, até pela característica dos jogadores, os juízes têm tendência a marcar mais faltas. Isso ocorre desde a final da Copa do Brasil até a pelada da esquina. No último ano, surgiu no Brasil um novo árbitro, Leandro Vuanden, que tinha um estilo diferente de arbitragem. Alguns jogadores ficaram revoltados, outros ficaram confusos. Comentaristas começaram a chamar o estilo de "europeu". 
        Na verdade, não é um estilo europeu de arbitragem. O Brasil é um dos países do mundo com maior número de faltas, o que acaba retardando ritmo de jogo. O que ocorreu no resto do planeta foi uma adaptação às novas tendências do munddo da bola. Em nosso país, ainda cultivamos o pensamento de uma época em que a técnica era muito valorizada, e o contato era um tanto menor. Hoje em dia, os jogadores tiveram um certa perda em nível técnico, mas ganharam em força muscular, resistência e velocidade. Com jogadores dessas carcterísticas, o contato é maior, e muitas vezes a impressão é de que ocorrem constantes infrações.
        O que ocorre é que os jogadores, acostumados a juízes com medo de se impor, saltam no chão e agarram a bola no menor contato com o marcador. É impressionante como o juiz sempre marca falta, mesmo que não tenha havido nenhum contato. 
        O estilo "mundial" de arbitragem é muito interessante, pois capacita o jogador a prender bem a bola em seus pés e deixa o jogo correr, aproveitando mais os 90 minutos. Ao contrário do que muitos pensam, não deixa a desejar na parte disciplinar, pois não deixa de marcar faltas, mas sim não caracteriza qualquer contato como infração.
        Acredito que seria muito interessante se os árbitros brasileiros testassem, ao menos algumas vezes, marcar apenas as reais faltas. Teríamos um futebol mais bonito, melhores jogadas de pivô  e jogadores menos mimados pela arbitragem

Curtinhas: Vitória, Santos e dança dos técnicos

 - O Vitória está jogando muito bem, principalmente Apodi, Leandro Domingues, Roger e Wallace. Carpegiani parou de inventar, e o time se beneficiou com a sequência de jogos;
- O Santos está em situação crítica. Problemas internos, muito cacique pra pouco índio e zagueiros/postes/cones/armários no time titular;
- Será que os problemas serão resolvidos com a saída de Mancini?
- Será que emprestar dinheiro da família do presidente( de novo) e contratar um caríssimo técnico é a solução?
- Aonde Muricy conseguirá trabalho com as exigências atuais?
- Tite aguenta uma derrota no Grenal?
- Para onde vai Luxemburgo?

À moda antiga

       Nesse domingo, fiquei impressionado com a bela atuação do Atlético Paranaense, ganhando do todo-poderoso Internacional. O time vinha de péssimas atuações, e tinha ataque inofenivo e defesa esburacada. No duelo do fim de semana, sem Rafael Moura "He-Man", o centroavante, Waldemar Lemos armou uma equipe diferente, e também muito interessante.
        A disposição do time se assemelhava à do grande Cruzeiro de 69, que tinha Tostão e Dirceu Lopes. Linha de quatro tradicional, dois volantes mais presos e quatro homens que revezavam nas funções de ataque e defesa. Dois abertos, como pontas, e dois centralizados, partindo ao ataque a partir do meio-de campo. Uma espécie de 4x2x4. As prinicpais diferenças entre os dois times são a movimentação, a marcação e a qualidade dos jogadores, obviamente.
        No time paranaense, há muita movimentação. Como todos os jogadores desse quarteto(Marcinho, Paulo Baier, Wesley e Wallyson) tem capacidade de jogar tanto pelo meio como pelos dois lados do campo, ocorrem muitas movimentações e trocas de posições. Isso confudia a marcação, e criava espaços na sólida defesa colorada.
        As grandes chances ofensivas da equipe partem de contragolpes, armados a partir de uma forte marcação. Wesley e Wallyson marcam o avanço dos laterais, enquanto Marcinho e Baier ajudavam Chico e Valencia na faixa central. Todos ficavam atrás da linha da bola. Quando um jogador do Inter passasse da linha do círculo central, começava a marcação por pressão. O time se movimentava em bloco, impedindo a troca de passes do adversário. Quando a bola fosse roubada, os quatro jogadores ofensivos tinham a função de buscar espaços disponíveis e chamar o passe, chegando em velocidade ao local. Outros dois teriam que começar a se deslocar, aparecendo como opções nas redondezas do jogador que recebeu a bola. Se não recebessem a bola, deveriam se movimentar, procurando um espaço ou uma abertura.
        [aí está a grande diferença para o time de Tostão, pois o Atlético se defende num 4x6x0]
        Os únicos poréns dessa tática são as questões físicas e a dos laterais. Com a constante movimentação, vem o cansaço. O time talvez não aguentaria, no mesmo ritmo, uma prorrogação, por exemplo, e os jogadores sentiriam muito uma sequência de jogos. Também são pequenos "problemas" os laterais, que teriam de ficar um pouco mais presos à marcação, e não teriam tanos espaços se avancassem. Nada que não possa ser corrigido com alguns jogos de prática e a infiltração de um dos pontas no meio da área, abrindo espaços para o ala.
          A Waldemar Lemos, não tenho a dizer nada além de "parábens" e "boa sorte". Não sei se o time jogará igual na próxima partida, principalmente pela volta de Rafael Moura, mas esse último jogo nos provou que podemos montar um time à moda antiga, nos aproveitando dos avanços táticos dos últimos anos e sem perder a competitividade.

Grêmio X Corinthians - Pós Jogo

        Nenhuma surpresa na vitória gremista. 3x0 achapante, absoluto e preciso. O time gaúcho tomou total comando da partida, tendo controle das ações ofensivas e defensivas. 
        No início do jogo, o até tentou articular algumas jogadas, mas não passou pela forte marcação do meio-campo gremista. A partir dos 15 minutos de jogo, o tricolor gaúcho passou a mandar no jogo. Acertava mais passes, marcava melhor, ameaçava mais o gol de Felipe. A situação se seguiu até o 2º terço do segundo tempo, quando alguns esforçados corinthianos, como Jucilei e Dentinho, tetaram alguma coisa. Mas não resultou em nada.
       Como mencionado no post anterior, o Timão teve problemas, defensivamente, no lado direito e no miolo de zaga. Como Réver não estava jogando, Adilson só tinha de cobrir as subidas de Fábio Santos, que deitou e rolou no setor de Alessandro e Jorge Henrique(que marcou muito mal, e foi substituido no intervalo). No miolo de zaga, formado por Diego e Jean, muito sofreu com a velocidade dos atacantes gremistas, que foram muito mal marcados. Aos 29 minutos, quando o placar já marcava 2x0, Jean foi expulso por xingar o juiz, piorando a situação corinthiana. Dez minutos depois, 3x0.
       No lado tricolor, é importante destacar as belas atuações de Fábio Santos, que massacrou Jorge Henrique, de Adílson, um monstro no meio-campo, e da dupla Jonas e Alex Mineiro. Quem decepcionou foi Souza, apagado.
       Em resumo, o Corinthians perdeu por descuido, relaxamento. Ao contrário do que dizem alguns comentaristas, esse relaxamento não deve ser natural, e demonstra falta de comprometimento dos jogadores. Faltou empenho e vontade de ganhar, além de poder de reação. Numa tarde inspirada dos tricolores, os campeões da Copa do Brasil tiveram as faixas carimbadas e o salto alto quebrado. 
       Ao menos, o prognóstico é bom. Se ganhar amanhã do Sport, definitivamente será um sério candidato ao título

domingo, 12 de julho de 2009

Grêmio X Corinthians - Pré Jogo

        Nesse domingo, 12 de julho, Grêmio e Corinthians se enfrentam em Porto Alegre. A expectativa é de um grande jogo, com o Timão embalado pela conquista da Copa do Brasil e o Grêmio buscando a  redenção depois da eliminação na Copa Libertadores.
        O Corinthians deve entrar como time titular, à exceção de William, machucado, e Chicão, com uma virose. Os substitutos devem ser Diego e Jean. As principais armas do time são o forte contragolpe, a qualidade de Ronaldo e as grandes fases de Douglas, Jorge Henrique e Dentinho. A defesa é solidíssima com as duas linhas de quatro, mas o miolo de zaga está bastante desfalcado. 
        Os melhores meios para o Grêmio transpor o bloco conrinthiano serão as enfiadas de bola pelo centro defensivo e a constante movimentação dos meias, Souza e Tcheco, procurando abrir espaços para adentrar na zona dos beques. Como Alessandro está um tanto cansado, também poderão ser eficientes as infiltrações de Fábio Santos, que deram bastante certo na semana passada.
       O tricolor gaúcho vem para o jogo com força total, apenas como desfalque de Herrera. Jonas vem treinando bem durante a semana, e deve ser um substituto à altura. O time é muito forte nas bolas paradas e a movimentação dos atacantes é muito grande, muitas vezes fazendo um "X". Os meias têm muita qualidade, e conseguem enfiar a bola mutio bem. As principais variações do time são as entradas de Fábio Santos, que deslocam Souza para o meio e Tcheco para a direita, e os avanços de Réver, que desestabilizam qualquer defesa.
         Para ganhar a partida, a equipe alvinegra dve marcar muito forte o lado direito de sua defesa, e designar um jogador para manter um olho em Réver. Nessas subidas do zagueiro, a cabeça de área pode ficar desprotegida, pois Adilson tem de recuar um pouco. Também pode ser banéfico o jogo nas costas de Fábio Santos, que avança bastante. Túlio, Léo e Thiego formam um grande trio, praticamente impedindo qualquer movimento ofensivo por aquele lado.                                                                                                                                                                                           
Ficha do jogo:                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     
Corinthians(4x2x3x1): Felipe, Alessandro, Jean, Diego e André Santos; Cristian e Elias; Jorge Henrique, Douglas e Dentinho; Ronaldo. 
Grêmio(4x2x2x2): Victor, Thiego, Léo, Réver e Fábio Santos; Túlio e Adilson; Souza e Tcheco; Maxi Lopez e Jonas.
Estádio: Olímpico Monumental, Porto Alegre(RS)
Horário: 16:00h
Transmissão: Globo(exceto RS) e PFC 

O novo Palmeiras de Jorginho

        Na imprensa, muitos comentam que Jorginho deveria ser efetivado no comando do Palmeiras, pois manteve o padrão de jogo de Luxemburgo, mas melhorou a atmosfera no elenco. É óbvio a qualquer um que assista a um jogo ou a um treino do time que os jogadores estão mais felizes e mais motivados. No entanto, é necessário falar a respeito da mudança tática de Jorginho, para que o novato não seja rotulado de treinador só motivador.
       Com Vanderlei, a platarforma também era o 4x2x3x1, como é agora. No entanto, as jogadas não fluiam, não havia movimentação e a saída de bola era ineficiente. Armero ficava bastante preso,  e nem Mozart nem Jumar conseguiam dar passes de qualidade. Cleiton Xavier, quando não ficava preso na posição de volante, batia cabeça com Diego souza, que Luxa insistia em posicionar pelo meio. Nas pontas, Willians não tinha confiança do treinador, e nem Obina nem Ortigoza eram aptos a realizar a função.
       Ao entrar, o interino fez pequenas mudanças, mas essenciais para a eficiência do sistema. Souza, excelente garoto das categorias de base, tem ótimo passe, é muito bom marcador e está indo muito melhor que Jumar ou Mozart. Willians não é substituído após qualquer erro, e Diego Souza encontrou o bom futebol pelo lado esquerdo. Armero, protegido por Pierre, tem alval para avançar, e já marcou seu primeiro gol com a camisa do time. A dupla Maurício Ramos e Danilo, com alguns jogos, já conseguiu bom entrosamento, e não existem mais os tão comuns buracos. Obina, se movimentando um pouco mais, permite as infiltrações dos pontas e de Cleiton Xavier, que estão tendo excelentes oportunidades.
       Dos últimos nove pontos disputados, sete conquistados. Mantendo o padrão tático, os jogadores importantes e o técnico, o Palmeiras começa a figurar como um forte candidato Às vagas para a Libertadores, e até mesmo para o título.

Alex Ferguson e os atacantes

        Para algumas pessoas que examinem detalhadamente o elenco 09-10 do Manchester United, causa certa estranheza a falta de atacantes. Já era um tanto clara no ano passado, mas o setor ficou mais "debilitado" com as saídas de Tevez, um monstro dentro de campo, e Cristiano Ronaldo, que jogava de centroavante em algumas partidas. Para repor as perdas na posição, apenas Michael Owen, uma aposta, foi contratado.
        Estranheza que desaparece ao se analisar as intenções táticas de Alex Ferguson, um grande gênio. No final da temporada passada, Sir Alex passou a utilizar, em alguns jogos, um esquema que varia entre o 4x4x1x1 e o 4x2x3x1, semalhante aos de Liverpool e Corinthians. Nos três times, a formação prporciona muitas variações, velocidade e marcação bastante forte. 
O esquema consiste em uma linha de quatro, dois volantes à frente da zaga(um mais técnico, com melhor passe), dois alas/pontas e um meia central, além do centroavante mais fixo. A eficiência do sistema depende, essencialmente, de 4 jogadores: o volante técnico, o meia central e os dois alas/pontas.
   - O bom passador(Elias/Alonso/Scholes) tem a função de iniciar a saída de bola, armando o time a partir do campo de defesa e dividindo as funções de criação com o meia central; 
   - O meia, por sua vez, tem um pouco mais de liberdade para atcar, se aproximando do atacante com jogadas em velocidade e chutes de longa distância. Também é responsável pela armação dos contra-ataques(pois fica à frente da linha da bola) e por algumas funções defensivas, como impedir a progressão do volante adversário. nos casos citados, jogamd essa maneira Douglas, Anderson e Gerrard.
   - Já os alas/pontas são os que mais se movimentam durante o jogo, e que mais variam de função. Ao atacar, devem avançar, formando uma linha de três jogadores com o meia ou com o atacante, de acordo com o que o treinador definir. Sem a bola, devem recuar até o próprio campo, formando uma linha bastante forte com os dois volantes. Fazem bem essa função Dentinho, Jorge Henrique, Rooney, Valencia, Kuyt e Riera. 
        Portanto, podemos perceber que as intenções de Sir Alex são pensadas, e as novas caras do clube foram escolhidas a dedo, para que a execução seja perfeita. Espero que a idéia seja mais aplicada nos times brasileiros, pois se encaixaria muito bem com as características de nossos jogadores. Onde está sendo aplicada, está dando certo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A janela

      Nos meses de junho e julho, os times brasileiros entram em estado de pânico. A qualquer momento, o telefone pode tocar, e o time se desestrutura inteiro com a perda de seus grandes jogadores. Nesse momento de tensão, dirigentes culpam os jogadores, jogadores culpam dirigentes e o público culpa jogadores e dirigentes. Até concordo que têm, ambos os grupos, parte de culpa nessa situação. Mas acredito que pouco se fala sobre o calendário e o regulamento do campeonato brasileiro, que muito contribuem para a situação.
     Na Europa, apesar de algumas contratações já serem definidas no começo do ano, a "janela" propriamente dita só se abre em julho. A partir do dia primeiro, representantes dos clubes avançam ferozmente sobre os mercados asiáticos, africanos e sul-americanos, com grande destaque para o Brasil. Com um bocado  de dinheiro, fazem a rapa em nossos times levando desde craques até jogadores medianos. 
     Contudo, além de contratações, também são feitas dispensas. Dos jogadores que saíram do país na janela anterior, pelo menos um terço não jogou bem ou não se adaptou ao país, e deseja voltar para o Brasil. Seriam ótimas opções para os clubes brasileiros, que estão revirando o mercado atrás de substitutos para seus atletas vendidos. A não ser por um detalhe: a CBF só permite que esses jogadores sejam inscritos a partir de agosto. Podemos perceber as situações de Flamengo e Vasco, que têm bons reforços só treinando. Sem querer lidar com essa situação, a maioria dos clubes acaba contratando atletas de qualidade inferior ou nula, piorando ainda mais a situação da equipe.
     A mudança é simples, e muito eficiente. Não vejo nenhum empecilho a ninguém, mas sim muitos benefícios. 
      Os times do Campeonato Brasileiro estão sucateados. Assim como o regulamento.

Problema Real

      Chegaram Cristiano Ronaldo, Kaká, Benzema, Albiol. Ainda em negociação, Xabi Alonso, Ribéry, De Rossi e Maicon. Gastando centenas de milhões de euros e todo o crédito disponível com bancos espanhóis, o Real Madrid, formou um supertime, reiniciando a era galática. Florentino Perez tem altíssimas expectativas para a temporada, e se dispõs a gastar alto por elas.
     Passada a euforia das contratações, o novo técnico Manuel Pellegrini terá muito o que pensar. Apesar de os novos jogadores serem de primeira linha, não necessariamente atenderam às necessidades do time. Valdano e Zidane são competentíssimos, e conhecem muito bem o futebol, especialmente dentro da realidade merengue, mas não construiram bem o elenco. Talvez por falta de planejamento(o que duvido muito) ou por pressão de Florentino, não sei. Mas o elenco estranha, de qualquer modo.
     Com as novas contratações, perdem espaço no time excelentes jogadores, como Sneijder, Higuaín, Van Nistelrooy(apesar das lesões),  Van der Vaart e Robben. Alguns tiveram péssimas temporadas, mas são bastante talentosos. Não valeria a pena investir neles, em vez de simplesmente descartá-los? E Higuaín, que teve a melhor temporada de sua vida, merece realmente o banco?
     De qualquer modo, o que está feito está feito. As estrelas vieram, e alguns craques perderam espaço. Pellegrini, agora, deverá tentar encaixar todos esses astros em uma única equipe. Ofensivamente, não deve ser tão difícil, pois todos os atletas do Quarteto Fantástico(Kaká, Ronaldo, Raúl e Benzema) são versáteis, e permitem alterações e movimentações interessantes. O único fator a ser corrigido seria o lado esquerdo do ataque: todos são destros, e qualquer um teria ser futebol sacrificado se deslocado por aquele setor.
     Para dar suporte ao Quarteto, os laterais, assim como os volantes, teriam de ficar um tanto mais presos atrás. Na cabeça de área, uma dupla seria formada entre De Rossi(se confirmado), Xabi Alonso(mesma situação), Lass Diarra ou Gago. A lateral direita será de Sérgio Ramos ou Maicon. Na segunda situação, o espanhol seria deslocado para a zaga, no lugar de Pepe. Pelo flanco esquerdo, disputa acirrada entre Marcelo e Drenthe.   
     Pelas possibilidades, supõe-se que o lateral canhoto terá um pouco mais de liberdade, corrigindo o problema ofensivo previamente apontado, mas causando um defensivo. Nenhum dos astros tem capacidades defensivas, sendo sempre a opção para o contra-ataque em seus antigos clubes. Com o avanço do lateral, os cinco jogadores restantes ficarão ainda mais sobrecarregados. Nada que preocupe contra grande parte dos times, que atacam com no máximo 6 jogadores. Mas equipes como o Barcelona, que têm mais consciência tática, poderiam armar mortais contragolpes com um maior número de atletas.
     Em adição, o time não terá algumas possibiliadades táticas, como a marcação pressão avançada ou o ataque em bloco. Kaká sofrerá bastante, pois não haverá saída de bola eficiente, e ele terá de recuar muito para possibilitar a transição defesa-ataque. Maicon não seria bem aproveitado, e Marcelo ou Drenthe não aguentarão jogar todo o jogo, tanto eles terão de correr.
     Apesar de tudo, não vejo muita possiblidade de mudança tática na equipe que não seja pôr alguém no banco, ou ensinar os astros a marcar. 
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