segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Uma questão de planejamento

Com a derrota do Brasil(justíssima, por sinal), voltaram as discussões a respeito de jogos na altitude. Dizem que é uma questão de saúde, de politicagem, de não sei mais o quê. Na verdade, é uma questão simples, de acomodação.
Dunga, depois da partida, disse que é uma questão de costume, de preparação. Concordo. Não são desumanos os jogos na altitude, pois os bolivianos que jogam no exterior não têm falta de ar. A diferença é que estão treinando há mais tempo que os brasileiros nessas condições. O que a CBF deveria ter feito era marcar a preparação para o jogo num campo na Bolívia, não no Brasil. Não tem sentido, antes de um jogo na altitude, fazer a apresentação em Teresópolis. Equador, Venezuela, Chile, Uruguai e Colômbia fizeram uma preparação adequada, e ganharam ou perderam em La Paz.
Além da altitude, o Brasil perdeu por outros motivos, é importante ressaltar. Cheio de reservas, a equipe, talvez muito pelo estilo de jogo, não conseguia ficar com a bola nem construir jogadas. Ramires, Diego Souza e Daniel Alves foram muito mal, e os laterais estavam presos. E o Dunga continua insistindo no Daniel Alves como lateral esquerdo(como jogou no segundo tempo). Ô teimosia! Não sei se ele se lembra, mas Daniel não foi importante contra a África do Sul pelo seu desempenho com lateral esquerdo, mas pela falta muito bem batida. É melhor manter o André Santos.
É preciso que alguns comentaristas deixem de ser tão senso comum e que avaliem bem as situações, prestando atenção nos argumentos dos dois lados. Quem ganhou foi a Bolívia, não a altitude.

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